Penso que tinha
uns sete anos quando me cruzei com uma coletânea de contos, com ilustrações a
preto e branco. Achei-os muito bonitos, mas só me recordo de um, aquele que me
tocou no fundo do coração.
Era um conto
sobre um estudante que se apaixonara por uma rapariga bela e frívola, que
exigia àquele uma rosa encarnada em troca duma dança no baile do príncipe. Mas
no quintal do estudante só havia rosas brancas! Então, um rouxinol decidiu
ajudá-lo da forma mais altruísta que possas imaginar: durante a noite, cantou
para a rosa com o peito apoiado num dos seus espinhos e, do seu coração, correu
o sangue para a rosa, que ficou tão vermelha!
O rouxinol
morreu, o estudante colheu a rosa e foi oferecê-la à rapariga. Porém, esta
recusou-a porque não condizia nem com a cor do seu vestido, nem com as jóias
que outro rapaz lhe dera...
Ainda hoje
sinto um especial carinho pela bondade deste frágil passarinho que dizia:
“... o amor é
melhor do que a vida, e o que é o coração dum pássaro comparado com o dum
homem?”
Podes encontrar
este conto intitulado “O Rouxinol e a Rosa” no livro de contos acima referido,
numa das estantes da tua Biblioteca.
Isabel Almeida
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