"Quando Teseu conseguiu matar o Minotauro e
sair do Labirinto de Creta como herói improvável, e mesmo que as histórias se
dividam entre ter abandonado Ariadne ou esta ter sido tomada esposa pelo rei
Dionísio, não reza a história de ter havido no seu caminho outra prova de
fôlego, e o jovem herói grego até acabou por se casar com Antíope, a rainha das
Amazonas, com quem teve um filho de seu nome Hipólito.Já a mesma sorte não a
tiveram Thomas, Teresa e os restantes Clareirenses que, depois de escaparem ao
gigantesco labirinto guardado pelos terríveis devoradores – “Maze Runner –
Correr ou Morrer” – têm agora um osso muito duro de roer pela frente. Em “Provas de Fogo” , o segundo
volume da trilogia Maze Runner, a fasquia aumenta e uma
verdade aparece à tona: todos eles são ratos de um imenso laboratório criado
pela CRUEL, que os lança numa prova que tem tudo para correr mal: atravessar a
Terra Queimada, uma região desértica e ameaçadora onde os Crankos, pessoas
cobertas de feridas e infectadas por uma misteriosa doença chamada Fulgor – que
inevitavelmente os levará à loucura extrema e depois à morte -, vagueiam pelas
cidades devastadas à procura da próxima vítima.
A liberdade, se é que
existe tal coisa, está ainda muito longe, sobretudo depois de a CRUEL comunicar
que todos eles contraíram o Fulgor, e que uma cura para a doença espera por
eles no fim de uma árida e quente travessia através do que supõem ter sido um
dia o México.
Este é sem dúvida o livro mais assustador da
série, sobretudo quando há Crankos à solta em toda a parte, o calor está ao
nível de uma queimadura de terceiro grau, a pouca chuva rima com tempestades e
ácido e, a cada esquina ou buraco do mundo Inferior, grupos de rebeldes aguardam
silenciosamente em busca de diversão.
Ao mesmo tempo que vai
recuperando algumas das suas memórias, Thomas começa a questionar-se sobre como
poderá escapar às garras da CRUEL, sendo também assaltado por uma imensa
dúvida: conhecerá realmente Teresa? O quebra-cabeças de James
Dashner está
prestes a resolver-se."
Pedro Miguel Silva
E para vos abrir o apetite!
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